ZÉ FERINO

Encontro rápido com o Sr. Zé Ferino num local inusitado. No Morro Chic, mas precisamente na Estação Rodoviária, onde o Sr. Zé foi levar uma neta para embarcar no Santa Cruz para estágio em São Paulo.

- Ei Sr. Zé, está sumido. Tudo bem ?

- Sumido está você Camarada. Não o tenho visto.

- Sr. Zé, dê sua opinião sobre esses quatro governadores, Ratinho, Romeu, Tarcísio e Caiado que estão se movimentando para ocupar a cadeira presidencial no lugar do Lula.

- Camarada, antes de mais nada é preciso ver o seguinte. Creio que todos não têm dúvida que o Sr. Jair está inelegível. E mais, dificilmente vai escapar de condenação pela tentativa frustrada de golpe. Prisão, domiciliar é claro. Deve vir por aí mais cacetadas do Sr. Trump no Ministro Morais, no governo e claro, no Lula. Resultado: mais promoção para o Lula. Está mais do que claro que entre Lula e tentativa de intervenção na soberania brasileira, os eleitores e as pesquisas evindenciam isso,  os eleitores ficam com o Lula. Os nomes citados da direita vão ter dificuldades em se compor. Deve sair daí no mínimo duas chapas para disputar com o atual presidente. Se unidos está difícil, imagine divididos. Segundo, sinceramente, os quatros governadores estão loucos para sair logo a condenação do Sr. Jair, quando mudarão o discurso. O povo irá pensar como qualquer deles ganhando irá governar. Todos prometeram, se eleitos, conceder anistia aos golpistas. Já imaginou que todos terão que receber as devidas bençãos do Sr. Jair. Irão atender o Sr. Donald interferindo no Judiciário ? Só com golpe. E em termos de golpe, a direita vem se mostrando amadora. Só imaginar 1964 e lembrar do Castelo Branco, Geisel, Costa e Silva, Medice e outros, para ver que o time atual é fraco. Enfim, minha esperança é que o Lula resolva descansar e apoie o Alckimin ou o Hadadd e vamos nós mais ou menos de centro-esquerda.

- Éhhh.. faz sentido.

Viver é Perigoso   

PORQUE HOJE É DOMINGO

Viver é Perigoso

DIRIGINDO NA CONTRA-MÃO

Nossa geração cresceu admirando a família Kennedy. Não tanto o pai, Sr. Joseph e o filho Edward, mas sem dúvida, os irmãos John e Robert, respectivamente Presidente e Secretário da Justiça dos EUA. Esteios de uma época do Partido Democrata.

Mas, eis que surgiu já há algum tempo no cenário, o Sr. Robert Kennedy Jr, hoje com 71 anos, filho do Bob Kennedy, que acabou sendo nomeado pelo Sr. Donald como Secretário da Saúde.

Em apenas alguns meses como secretário de Saúde, o Sr. Junior reformulou a política de vacinação dos EUA e minou a confiança do público americano nas vacinas. Ele tem afirmado repetidamente que a comunidade científica e médica é corrupta e que o consenso dos especialistas não é confiável.

Ele também atacou revistas médicas como corruptas e ameaçou impedir cientistas do governo de publicar em veículos respeitados como The Lancet e The New England Journal of Medicine — duas das revistas científicas mais prestigiadas do mundo.

As vacinas são uma das maiores histórias de sucesso da saúde pública de todos os tempos. Nos últimos 50 anos, elas salvaram cerca de 154 milhões de vidas. Nos EUA tanto o acesso às vacinas quanto a confiança do público nelas estão sendo sistematicamente minados - não por teóricos da conspiração online, mas por pessoas nos mais altos escalões do governo.

O Sr. Junior lançou um ataque generalizado à infraestrutura de vacinas no seu País. Destruiu comitês de supervisão, semeou dúvidas sobre ciência estabelecida, politizou a segurança dos ingredientes, limitou o acesso a vacinas e supendeu o financiamento para pesquisas.

O Sr. Junior, tem repetidamente questionado a necessidade das vacinas infantis, divulgado informações erradas, exagerado os riscos e minimizado a ameaça do sarampo.reabriu debates há muito encerrados. Ele pediu uma "reavaliação" do calendário de vacinação infantil, dos ingredientes padrão das vacinas e, segundo relatos, até da alegação totalmente refutada e fraudulenta de que a vacina MMR (tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola) está associada ao autismo.

No século XIX, a expectativa de vida média nos EUA era de cerca de 40 anos. Muitas crianças morriam de infecções que hoje são evitáveis. Em uma época em que as realidades mortais de doenças como o sarampo desapareceram da memória, é assustador considerar a possibilidade de retornar a uma era pré-vacinas.

Extraido de artigo de Christina Pagel-Sheena Cruickshank (UCL/Univ. Manchester)

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