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terça-feira, 25 de novembro de 2025

ENQUANTO ISSO...



O Centro Logístico Industrial Aduaneiro (Clia) de Pouso Alegre inaugurou sua nova sede, nesta terça-feira (25), às margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381).

O porto seco recebeu um investimento de R$ 200 milhões para realizar a mudança para um local 17 vezes maior que o anterior que funcionava desde 2017, e a expansão das operações.

A sede do Clia, que estava em um terreno de 28 mil m² com 4,5 mil m² de área construída, passa para uma área de 475 mil m² com projeto de 208 mil m² de construções.

O terminal alfandegário está autorizado pela Receita Federal para armazenar e movimentar mercadorias de importação e exportação. A estrutura permite que as empresas realizem atividades logísticas, como desova, "paletização" e etiquetagem.

A primeira etapa da expansão prevê 108 mil m² de área alfandegada, sendo que 47 mil m² já estão concluídos ou em fase final de obra. A expansão total conta com o apoio da ICTSI (International Container Terminal Services Inc.), acionista majoritária do Clia.

O empreendimento já opera com cargas provenientes dos portos de Itajaí (SC) e Vitória (ES) e dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas, totalizando 286 empresas de diversos setores.

O projeto ainda reserva aproximadamente 100 mil m² para uma área não alfandegada, que será destinada a futuros negócios e centros de distribuição.

Nova Rota - A ampliação de Clia marca o lançamento de um novo corredor logístico, o "corredor Rio x Minas" que ambiciona transformar o centro logístico em uma extensão do porto do Rio de Janeiro e oferecer ao setor produtivo mineiro uma alternativa ao fluxo tradicional de cargas, que usualmente passa pelo porto de Santos.

G1

Blog: Atenção para a citação da Nova Rota

Viver é Perigoso

A RAPADURA NÃO FOI ENTREGUE



A defesa do ex-presidente Jair não apresentou, dentro do prazo (ontem 24), novo recurso no STF para questionar a decisão que o condenou por tentiiva de golpe de Estado.

Porém, como dizem, a rapadura não foi entregue. Para os que estão chegando agora, a expressão significa desistir, renunciar. O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno confirmou que entrará com um novo recurso, os embargos infringentes, com prazo para apresentação até na sexta-feira (28).

Um questionamento: os embargos infringentes só podem ser apresentados quando há dois votos pela absolvição do réu, o que não aconteceu no julgamento de Bolsonaro. O único voto para absolvê-lo na primeira turma foi do ministro Luiz Fux, que pediu transferência para a segunda turma.

Viver é Perigoso

JAIME PETIT DA SILVA


Jaime Petit da Silva nasceu em Iacanga (SP) em 18 de junho de 1945, filho do administrador de fazenda José Bernardino da Silva e da costureira Julia Petit.

Jayme teve três irmãos, Lúcio, Maria Lúcia e Laura. Perderam o pai logo cedo.

Jayme cursou o primário em Amparo e o ginásio em Duartina. Em 1964, então com dezessete anos veio para Itajubá, onde o irmão Lúcio cursava engenharia. Estudou com afinco para conseguir cursar a sonhado engenharia, êxito alcançado com grande esforço sendo aprovado vestibular no final do mesmo ano.

Seguiu o caminho do irmão, dando aulas de matemática e física em colégios de Itajubá e de cidades vizinhas, como Brasópolis.

Em tempo, o irmão Lucio Petit veio para Itajubá na década de 60 estudar em Itajubá, mandado pelo tio comerciante e morador em São Paulo João Bernadino da Silva, casado com Benny Werdine da Silva com apoio local do Sr. Alberto Werdine e família, com quem Lucio morou até se adaptar na cidade, mudando depois para uma república de estudantes. Completando o curso secundário foi aprovado no vestibular do então IEI.

A irmã Laura, seguiu em São Paulo morando com o casal João Bernardino e Benny.

Os irmãos Petit tiveram forte participação no meio estudantil, inclusive exercendo em períodos distintos cargos de diretoria e a presidencia do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia. Em tempos complicados pós movimento de 1964, com uma lucidez impar, conhecimento de causa e compromisso com o direito e a liberdade, Jaime encabeçou diversos justos movimentos reivindicatorios da juventude itajubense, entre os quais destaca-se a construção do prédio do Colégio Estadual Major João Pereira.

Já no quarto-ano do curso de engenharia, Jayme, muito solicitado, bonito, agradável, porém discreto com relação à política e cursando o quarto ano do curso de engenharia, em setembro/68 casou-se com Regilena Carvalho, filha do Dr. Bertoli Mendes de Carvalho, tradicional família de Itajubá.

Hábil militante do movimento estudantil universitário, foi eleito presidente do diretório acadêmico do IEI e junto com universitários de outras faculdades de Itajubá, em outubro/68 foram participar do Congresso da UNE - União Nacional dos Estudantes em, Ibiúna (SP), no qual foi preso com centenas de outras lideranças estudantis.

Foram presos por um períoso junto com os colegas, no Presídio Tiradentes, e São Paulo, onde foi visitado pela esposa Regilena e a sogra. Lena, como ficou conhecida, seguiu com ele o seu idealismo.

Após solto, voltando para Itajubá, sendo chamado para prestar depoimento no 4º Batalhão de Engenharia e Combate logo em seguida, com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, que chegou para cercear todas as liberdades existentes no País.

Já prevendo dificuldades, Jaime não compareceu e foi condenado à revelia pela Justiça Militar, ocasião em que foi levado a, junto com Regilena entrar nas sombras.
Sendo levado a deixar o curso de engenharia, escondidos, foram morar em Goiania, onde Jaime passou a trabalhar em eletrificação rural e Lena, como secretária e auxiliar em hospitais.

Em 1971 estiveram na cidade de São Paulo, onde foram recrutados para continuar na luta clandestinamente contra a ditadura. Em abril desse ano, embarcaram para Araguaína. No Araguaia Jaime encontrou-se com os irmão Lúcio, que conseguiu-se formar no IEI e com a irmão Maria Lúcia.

Em 1972, Regilena se entregou às forças de repressão. Maria Lúcia foi assassinada na região do Araguaia em junho de 1972 e seus restos mortais reconhecidos em 1996. Relatório da Marinha indica que Lúcio foi preso e morto em março/1974, sendo que seu corpo não foi encontrado. Relatório do Exército diz que Jaime Petit teria sido morto em dezembro/1973, tendo seu corpo também não encontrado.

A mãe dos três jovens, a costureira, Dona Julieta, tomou o barco em 2007, com 87 anos sempre mantendo as esperanças de sepultar seus filhos Lúcio e Jaime.

Jayme teve reconhecida a luta pelos direitos e liberdade no período duro do regime militar no País. Foi homengeado com nome de ruas :

São Paulo - cep 04897-230
Belo Horizonte - cep 31535-270
Santa Cruz - Rio de Janeiro - 23.585-100
Brasópolis - 37500-000

Os alunos da Unifei também homenagearam o colega dando o seu nome ao Centro Cultural do Diretório Academico.

Viver é Perigoso

MOMENTO HISTÓRICO

 


Por iniciativa da Reitoria da Unifei e com aprovação do Conselho Universitário - Consuni, foi entregue ontem (24) em cerimônia emocionante o Diploma de Engenheiro post mortem, do Jaime Petit da Silva. Receberam o Diploma, os irmãos Laura e Clóvis.

Para os poucos que estão chegando agora, perseguido pela ditadura, Jaime Petit, então recém casado com a Regilena, foi levado a interromper os estudos quando estava no segundo sementre do quarto-ano de engenharia.

Posteriormente, junto com os irmãos, Lúcio, já formado pela Unifei e Maria Lucia, tomaram o barco com muita antecedência por iniciativa brutal das forças da ditadura então vigente no País.

Viver é Perigoso