As cartas anônimas espalhadas pelas ruas da terrinha, em vésperas de eleição municipal, eram uma grandeza.
Num passado não tão remoto elas eram rodadas em mimeógrafos. Uma sujeira danada (os dois, o conteúdo e o serviço).
O povo, em sua grande maioria, queria mais é ver o circo pegar fogo.
Mais recentemente era xerocadas. Lógico, que as cópias eram tiradas fora da cidade. São José dos Campos, Campinas e outra menos votadas.
Mentiras, ofensas, invencionices e insultos diversos. Algumas criativas tinhas até desenhos.
Na realidade, tais cartas, de anônimas não tinha nada. Os escribas, autores e distribuidores suspeitos eram sempre os mesmos.
Contam casos de candidatos que patrocinavam cartas anônimas descendo a lenha neles mesmos. Era a famosa tentativa de vitimização. As vezes funcionava.
Creio que para a eleição presidencial do próximo domingo, cartas anônimas ofendendo o adversários são absolutamente desnecessárias.
Ambos os lados já fizeram desfilar, ao vivo e em cores, todos os tipos possíveis de cobras e lagartos.
No entanto, caso algum marqueteiro saudosista queira voltar aos velhos tempos, a distribuição seria possível aplicando o mesmo método de pesquisas do Ibope. Selecionariam residências, por região, renda, etc, colhendo uma representativa amostragem.
Na teoria dos institutos de pesquisas toda a população estaria sabendo dos podres reais e inventados do candidato.
Ainda dá tempo.
Viver é Perigoso