Terrível, indescritível ! Herpes-Zóster
Os sintomas envolvem dores nos nervos, formigamento, adormecimento, ardor, coceira, febre, dor de cabeça, mal-estar e lesões na pele. Em aproximadamente 10% dos casos, há dores que duram por meses ou até mesmo anos após as lesões cutâneas desaparecerem. A maioria das ocorrências é em pessoas acima de 50 anos ou imunossuprimidas.
Apesar do nome, a herpes-zóster é diferente das herpes mais conhecidas, como a labial. Ela é causada pelo vírus varicela-zóster (VVZ), o mesmo responsável pelo quadro da catapora, ou varicela.
Estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) apontam que aproximadamente 1 a cada 3 adultos desenvolverá herpes-zóster na vida.
Isso ocorre porque, como a vacina da catapora passou a ser aplicada em crianças somente a partir de 1990, mais de 99% da população com 40 anos ou mais hoje foi infectada pelo vírus durante a infância. A manifestação clínica da catapora vai embora, mas o vírus fica escondido nos nervos, geralmente das costas e do tórax. Ele fica dormindo ali e, um dia, pode acordar, migrar e causar a doença da herpes-zóster.
Explica-se que o vírus é reativado principalmente pela queda natural da imunidade ao longo da vida. O sistema imunológico vai enfraquecendo. Outra coisa que pode acontecer é uma doença causar um desequilíbrio imunológico e desencadear a herpes-zóster. Uso de corticoides, desnutrição e casos de imunossupressão também são fatores que aumentam o risco.
Especialistas apontam que o envelhecimento da população e a melhora dos serviços de saúde em identificar a doença são alguns fatores que explicam o crescimento, e citam a baixa vacinação, disponível apenas na rede privada, como um entrave.
No Brasil, desde 2022 o imunizante da GSK, Shingrix, está disponível na rede privada para todos acima de 50 anos e para os maiores de 18 anos imunossuprimidos, como os que vivem com HIV, estão em tratamento para o câncer ou outras situações que afetam o sistema imune. A vacina é aplicada no esquema de duas doses, com cada uma custando cerca de R$ 843 (R$ 1.686 no total).
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, ela deve ser administrada com intervalo de dois a seis meses entre as doses. A eficácia é superior a 90%, durante ao menos sete anos.
Para aqueles que já tiveram a doença, sugere-se um intervalo de seis meses depois para receber a vacina.
(O Globo)
Viver é Perigoso