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terça-feira, 19 de novembro de 2024

A ARTE DO REENCONTRO


Momentos mágicos vividos pelos formados na Nossa Escola em 1959. De longe observando no Deck, familiares e amigos girando em torno do Helcio Amaral e Paulo Costa. De longe tentei achar o Luiz Garcia da Algar ou o Chicão Preto da Pousada do Rio Quente (fiquei sabendo que não puderam vir).

Fiquei imaginando os momentos vividos por eles e seus colegas no ano de formatura. 

Na certa estavam acompanhando a construção de Brasília, assustados com os destrambelhos do Janio Quadros na sua busca pela Presidência da República. De longe de olho na visita do recém-revolucionário Fidel Castro, já em briga com os americanos e visitando o Brasil. Quase todos sem entender a rebelião de alguns oficiais da aeronáutica com a revolta de Aragarças.

Os rádios das repúblicas em que moravam, repetiam a Cely Campello e seu Estúpido Cupido. Os mais apaixonados fechavam os olhos ao ouvir Smoke Gets in Your Eyes, com o The Platters. Os mais bagunceiros, no bom sentido, insistiam com o Bienvenido Granda e o meloso Perfume de Gardenia.

Deviam estar eufóricos com o título de campeão itajubense conquistado pelo Itajubense dos irmãos Castro e não muito, com o primeiro campeonato brasileiro que teve, imaginem, o Bahia como vencedor.

Os mais estudiosos comntavam a descoberta do transistor pelo Bell Labs, sem imaginar a revolução que aconteceria com a eletrônica.

Muitos já "amarrados" como se dizia, curtiam no escurinho do cinema, Charlton Heston se equilibrando na biga do Ben-Hur, ou vibrando com o John Wayne em Rio Bravo. Outros assistiam por duas vezes o Yul Brinner e a Gina Lollobrígida, no Salomão e a Rainha de Sabá. Os mais lidos, faziam fila para ver a Marilyn Monroe em Quanto Mais Quente Melhor.

Claro que existiam os intelectuais que de mão em mão, passavam o livro "A Sangue Frio", do Truman Capote, ou "O Leopardo" do Giuseppe di Lampedusa, e até  "O Tambor", do Gunter Grass, todos adquiridos através de uma controlada "vaquinha", na Casa Lucy.

Enfim...viveram momentos sublimes.

Ah ! acordei com a conta apresentada na minha mesa pelo garçon.

Viver é Perigoso 

SENSACIONALISTA



Boicote leva milhões para ver ‘Ainda estou aqui’ e Hollywood estuda contratar bolsonaristas para salvar indústria

Mais uma vez os bolsonaristas provaram que são os maiores responsáveis pelo incentivo à cultura no país. Após anunciarem um boicote ao filme ‘Ainda estou aqui’ do diretor comunista e herdeiro de banco Walter Salles, o filme vem lotando salas de cinema por todo o país e já superou a marca de meio milhão de espectadores e um faturamento de mais de R$ 8 milhões em bilheteria.

Executivos de Hollywood vieram ao Brasil para contratar esses patriotas responsáveis pelo boicote para salvar a indústria cinematográfica norte-americana. Seu Bebeto da Motoca e Dona Alice de Criciúma, administradores do grupo de Telegram “Deus, Pátria e Família”, foram contactados por agentes de Los Angeles e garantiram que os boicotes aos seus filmes terão resultado nas bilheterias em até 72 horas.

Sensacionalista

Viver é Perigoso

NENHUMA SURPRESA



Comentário feito há poucos minutos pelo Sr. Zé Ferino, nas proximidades da Cantina Meazzini, na Boa Vista, é claro:

- Camarada, sinceramente, nenhuma surpresa nas informações coletadas pela Polícia Federal. Na época, cansei de ler e deletar impropérios desse naipe nas redes sociais e o pior, feitos ou aplaudidos por pessoas conhecidas.

"De acordo com a Polícia Federal, o general Braga Netto, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022, atuou no planejamento do golpe para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes." - UOL

Viver é Perigoso

ERRADICAÇÃO DA POBREZA

 

Viver é Perigoso

NENHUMA SURPRESA