Dra. Mariangela Hungria da Cunha foi anunciada como vencedora do World Food Prize 2025, considerado o "Nobel da Agricultura", um dos maiores reconhecimentos da ciência global, por seu trabalho com insumos biológicos que revolucionaram a agricultura no Brasil. A honraria foi concedida no dia 12 de maio de 2025, nos Estados Unidos.
Dra. Mariangela ajudou a revolucionar a agricultura nacional com seus estudos que resultaram em técnicas de aplicação de insumos biológicos em grandes plantações. Seu trabalho consiste em selecionar microorganismos e fazê-los mais eficientes com o objetivo de reduzir o uso de fertilizantes químicos. Nada menos do que 85% da soja brasileira é cultivada com insumos biológicos.
Ela nasceu em Itapetininga em 1958. Formou-se no curso de agronomia da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz em Piracicaba, com Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas entre 1979 e 1981. No ano seguinte, ingressaria no doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, defendendo a tese em 1985. Fez estágios de pós-doutorado em microbiologia na Universidade Cornell (1988-1989), em fitoquímica e sinalização molecular plantas-microrganismos na Universidade da Califórnia (1989-1991) e em bacteriologia na Universidade de Sevilha (1997-1998).
Em julho de 1991, transferiu-se para a Embrapa Soja, em Londrina, trabalhando com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e com a Embrapa Cerrados.
É Comendadora e grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. É pesquisadora da Embrapa desde 1982.
Viver é Perigoso