PEQUENOS CONTOS

- Giuseppe, a mamãe que conhecer você e falar, só você e ela, sobre o nosso namoro, suas intenções...

- Já!!! sem problemas. Hoje á noite eu vou lá na sua casa. Na hora do Jornal Nacional está bom ?

- É melhor amanhã. dia que o meu pai vai jogar truco com o Sô Virgílio. É melhor que ele não esteja pois pode dar rôlo. É melhor a mamãe ir conversando com ele devagar.

- Boa noite Dona Sofia. Eu sou o Giuseppe, muito prazer.

- Meu filho, vou logo sendo direta e sincera como é meu estilo. Algum problema ?

- Que isso Dona Sofia, até prefiro assim.

- Pois bem: O senhor estuda ou trabalha ?

- Ainda estou estudando, mas já já me formo.

- Permita-me chama-lo de você.

- À vontade Dona Sofia.

- Você bebe, joga ou fuma ?

- Beber só guaraná, crush ou grapette. Nem Coca-Cola eu tomo. Acho amarga no finzinho. Jogar, só uma daminha na sapataria do Procópio. Vez por outra enfrento os amigos Olavo e Luzimar. São boa gente. Ah! e não jogo valendo.

- E o cigarro Giuseppe ?

- Nem pensar. Tenho nojo até do cheiro. Aquilo féde.

Pausa mortal quando a Dona Sofia saca do bolso do avental maço de Continental sem filtro. Leva um cigarro até a lateral dos lábios e riscando um fósforo no cimento da parede, aplica um profunda tragada.

- Quer dizer, eu penso assim quando é usado pelos homens. Para as mulheres até acho bonito, charmoso e inteligente. Até temos,m na nossa República, um pôster da Laureen Baccal fumando. Jóia.

Então estamos combinados Giuseppe. Namoro só aos sábados, domingos e feriados, das 19:00 às 22:00 horas. Ah! e nada de mão no ombro.

Boa noite Dona Sofia.

É a vida.

Blog: Giuseppe, um amigo querido que tomou o barco com muita antecedência. O primeiro da direita para a esquerda.

Viver é Perigoso

DEFEITOS ADMIRADOS

Toca-discos de vinil technics SL-2900, amplificador Sansui G-4700, Caixas acústicas JBL Mr 38, nada disso provocava mais entusiasmo. 

Tudo veio à tona. Chegada do toca-discos Raveo adquirido por R$ 600 e pouco na internet.

Andava em busca do som original para os 140 LP´s selecinados e quase todos com mais de 50 anos de vida.

Feliz descoberta do som original acompanhado de lembranças que os chiados devidos ao uso sem cuidado, provocados pelos riscos que feriram os sulcos.

Nada do som eletrônico tratado como puro e  correções via IA.

A trilha sonora embalada pelos arranhões nos levam, como uma máquina do tempo, a cada faixa, devolvendo lembranças doces e outras nem tanto.

Concluindo discos de vinil e seus arranhões nos levam de volta para as brincadeiras dançantes habituais nos anos 60. Na Boa Vista é claro.

Enfim, existem defeitos admirados.

Viver é Perigoso  

MOÇO BONITO

 

Eugênio Mohallem

Considerado um dos melhores redatores brasileiros de todos os tempos.

Moço da Rua Nova nascido em Itajubá em 1963.

Nos encontramos e conversamos ligeiramente com o Eugênio e seus familiares ontem no Restaurante Tererê. Seus pais, Rafic e Mirian são amigos de longa data.

 

Para os poucos que estão chegando agora, Eugênio Mohallem trabalhou nas agências DM9DDB, Talent e AlmapBBDO. Foi presidente e diretor de criação da Mohallem/Arplan, redator sênior da agência Africa e é diretor de criação da Y&R.

Com mais de 350 peças premiadas, é um dos redatores mais reconhecidos de toda a história do Clube de Criação de São Paulo. Entre seus trabalhos mais destacados, estão campanhas para Havaianas, Bayer, Mizuno, Apple, Folha, Estadão, Veja, Pepsi, Sharp e Valisére.

Recebeu nove leões no Festival de Cannes, além de diversas premiações no Fiap, Art Directors, One Show e Clio Awards. Foi eleito o profissional do ano 2000 pela Associação dos Profissionais de Propaganda (APP Brasil). Venceu duas vezes o Prêmio Caboré, na categoria profissional de criação do ano.

Bom de ler o seu livro de citações "Razões para Bater num Sujeito de Óculos", da editora Planeta.

Viver é Perigoso

FALOU E DISSE

"Na extrema direita, o fundo do poço tem subsolo"

Jamil Chade

Viver é Perigoso