Viver é Perigoso
Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
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sábado, 4 de janeiro de 2025
NÃO AO JAPÃO
Quem não conhece ou nunca ouviu falar da United States Steel Corporation, ou mais simplesmente, da U.S Steel ? Para os poucos que estão chegando agora, é uma empresa siderúrgica americana sediada em Pitsburgh, Pensilvânia , com unidades de produção nos EUA e na Europa Central. Quase um símbolo dos Estados Unidos.
Formada em 1901, tornou-se a primeira corporação bilionária do mundo. US Steel, conhecida em Wall Street como "The Corporation", destacou-se mais pelo seu tamanho. Em 1901, controlava dois terços da produção de aço dos EUA. A empresa chegou a ter 340 mil trabalhadores em seu auge na década de 1940. Hoje emprega 20.000. Em 2008, a US Steel era a oitava maior produtora de aço do mundo. Em 2022, ela estava em 24º lugar.
A Nippon Steel , maior produtora de aço do Japão, anunciou planos para adquirir a US Steel por US$ 14,1 bilhões, aguardando aprovação de reguladores e acionistas. O acordo, anunciado em meados de dezembro de 2023, manteria o nome e a sede da US Steel em Pittsburgh.
Pois bem: Opresidente americano Joe Biden anunciou ontem (3) o veto ao negócio, com a justificativa de que a venda representa uma ameaça à segurança nacional.
Aí tem história. Quantos carros circularam/circulam pelo planeta, quantos tanques de guerra, armas, foguetes sairam de aço e ligas produzidos nos fornos da U.S. Steel ?
Viver é Perigoso
MOÇO BONITO
Hoje, o Moço Bonito está completando 150 anos. Falamos do jornal O Estado de São Paulo, que circulou pela primeira vez no dia 4 de janeiro de 1875, com o nome de Província de São Paulo.
Para mim, o O Estado de São Paulo, que conheci como O Estado, depois Estadão e com a mudança de formato, Estadinho, tem apenas 70 anos. Tem explicação: comecei a lê-lo como companhia diária, aos sete anos de idade, no longíquo 1954, esparramado pelo chão da minha casa, na Boa Vista. é claro.
Meu Pai foi assinante, eu assinante, meus filhos assinantes. Claro que teve encrencas e suspensão de assinaturas por divergencias de pensamento. Entendam: suspensão de assinatura e nunca suspensão de leitura, uma vez que trocado por uns tempos pela Folha de São Paulo, era adquirido diariamente nas bancas.
Quase que aprendi a ler nos jornais e jamais abandonei a leitura diária no antigo estilo de papel.
Sempre um admirador do Sr. Júlio de Mesquita Filho, que esteve exilado por duas vezes. A primeira depois de lutar na Revolução Constitucionalista de 1932 ( o Dr. Theodomiro Santiago foi junto) e a segunda após o golpe do Estado Novo, de 1937.
Lembrando, que o Dr. Júlio, foi entre os dois exílios, o coordenador da fundação da Universidade de São Paulo. Jornalista que rompeu com a Revolução de 1964, que havia apoiado, ao perceber que os generais não iam restaurar a democracia e amargurado com a publicação do Ato Institucional nº 5, parou de escrever editoriais, em 13 de dezembro de 1968, sete meses antes de tomar o barco.
Disse certa vez o Dr. Júlio a um jovem jornalista:
"Se você tiver dúvida a respeito e uma notícia, não a publique. Se não tiver, mas tiver medo das consequências, também não a publique. Mas nesse caso abandone a profissão. O jornalismo não foi feito para covardes."
Viver é Perigoso
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