Estônia disparou em educação e tecnologia; qual a receita?
Em 1996, país percebeu que a internet seria central para a vida e a incorporou nas escolas .
A Estônia tem 1,3 milhão de habitantes. É um país pequeno. Mas é um gigante em tecnologia. Em 1993, o país estava em ruínas. Tinha acabado de reconquistar sua independência. (da antiga URSS). Naquele momento, era bem mais pobre que o Brasil, com um PIB per capita de US$ 1.100 (o nosso era US$ 3.700).
Em 30 anos, o PIB per capita da Estônia cresceu 30 vezes e hoje chega a US$ 30 mil. No mesmo período, o do Brasil cresceu menos de três vezes. A Estônia enriqueceu, e o Brasil empacou...
Apesar das diferenças com o Brasil, há lições a aprender com o país báltico. Afinal, ele já criou ao menos dez empresas consideradas unicórnios (dentre elas o Skype, a TransferWise, a Bolt e a Veriff). Tem um governo totalmente digital e acesso a todos os serviços públicos pelo celular. Na educação, está em primeiro lugar no ranking Pisa da Europa (acima da Suíça) e em 4º lugar no mundial.
O salto tecnológico foi porque o país percebeu, em 1996, que a internet seria central para a vida das pessoas. A Estônia acabou de tomar outra decisão ousada: incorporar a Inteligência Artificial em todas as escolas. Professores e alunos têm agora acesso irrestrito ao ChatGPT.
O país fez um acordo com a OpenAI, que forneceu licenças amplas para toda as escolas estonianas. O raciocínio é o mesmo. Se a inteligência artificial será parte central da vida, as escolas do país precisam incorporá-la no aprendizado desde já. O resultado poderemos conferir juntos daqui a alguns anos.
Extraído do artigo do Ronaldo Lemos diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade. Na FSP
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