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Hamas |
Não tem como não dar lida para entender um pouco a tragédia no Oriente Médio, com o noticiário sobre o ataque do Hamas a Israel e consequências.
O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada (levante é o nome popular das insurreições dos palestinos da Cisjordânioa contra Israel).
Desde 2005, quando Israel retirou tropas e colonos de Gaza, o Hamas também se envolveu no processo político palestino. Venceu as eleições legislativas em 2006, pouco antes de reforçar seu poder no ano seguinte, derrubando o movimento rival Fatah,
Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo. Estatuto de 1988.
Em 2017, o grupo produziu um novo documento de política que suavizou algumas de suas posições declaradas e usou uma linguagem mais moderada. Não houve reconhecimento de Israel, mas ele aceitou formalmente a criação de um Estado palestino provisório em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Não confundir Hamas com o Hezbollah.
O Hamas é palestino e possui um viés sunita, tendo sua origem na Irmandade Muçulmana nos anos 1980. Já o Hezbollah é libanês, de viés xiita, e surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nos anos 1980 e 1990.
Os dois grupos, embora tenham Israel como inimigo comum, são extremamente diferentes na forma de agir e na maneira como foram formados. Há ainda uma enorme disparidade no poderio militar, com a organização libanesa sendo incomparavelmente mais poderosa do que a Palestina.
Lembrando, em 1947 a ONU criou o Comitê Especial para a Palestina, a fim de tratar da decisão pela partilha territorial. O eleito para a Assembleia Geral de 1948, que ficou encarregado de gerir essa questão, foi o brasileiro Oswaldo Aranha, que advogou em favor da criação do Estado judaico e conclamou uma votação de delegados das nações então constituídas.
Todos os países árabes votaram contra a criação de Israel e a divisão do território. Alguns países ocidentais, como a Inglaterra, não votaram, mas a maioria votou a favor. O Estado de Israel foi então declarado oficialmente existente.
Em maio de 1948 foi declarada a Independência do Estado de Israel por David Ben Gurion.
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