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quarta-feira, 12 de junho de 2024

O PREFEITO ESCRITOR



Prefeitura Municipal de Palmeiras dos Índios - 11/01/1930

2º Relatório ao Governador do Estado de Alagoas

Sr. Governador

Esta exposição é talvez desnecessária. O balanço que remeto a V.Exa. mostra bem o que foi gasto em 1929 o dinheiro da Prefeitura Municipal de Palmeiras dos Índios.

Extingui favores largamente concedidos a pessoas que não precIsavam deles e pus termo às extorções que afligiam os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados, escorchados, esbugrados pelos exatores.

Instituiram-se escolas em três aldeias. Presumo que esses estabelecimentos são de eficiência contestável. As aspirantes a professoras revelaram, com admirável unanimidade, uma lastimosa ignorância. Escolhidas algumas delas, as escolas entraram a funcionar regularmente, como as outras. Não creio que os alunos aprendam ali grande coisa. Obterão, contudo, a habilidade precisa para ler jornais e almanaques, discutir política e decorar sonetos, passatempos acessíveis a quase todos os roceiros.

Não pretendo levar ao público a ideia de que meus empreendimentos tenham vulto. Sei perfeitamente que são miuçalhas. Mas afinal existem. E, comparados a outros ainda menores, demonstram que aqui pelo interior podem tentar-se coisa um pouco diferentes dessas invisíveis sem grande esforço de imaginação ou microscópio.

Bons Companheiros - Já estou convencido. Não fui eu, primeiramente porque o dinheiro despendido era do povo, em segundo lugar porque tornaram fácil a minha tarefa uns pobres homens que se esfalfam para não perder salários miseráveis. Quase tudo foi feito por eles. Eu apenas teria tido o mérito de esscolhê-los e vigia-los, se nisto houvesse mérito.

Graciliano Ramos

Viver é Perigoso

CAUSÍDICO JURÁSSICO

Se você pegar a regulação da colaboração premiada, ela está exatamente na lei que regula o combate às organizações criminosas. Isso não é um fenômeno brasileiro, é um fenômeno mundial em vários países. Esse é um instrumento de combate à criminalidade organizada."

"E há um combate importante há vários casos de tráfico e ilícito de substâncias entorpecentes de grandes organizações criminosas que são, na verdade, combatidas por meio de delações premiadas. [...] Se passar uma lei como essa, todas as pessoas que estão presas perdem o direito de fazer a delação e evidentemente isso, na verdade, é um golpe no combate à criminalidade."

Celso Vilardi advogado criminalista e Professor da FGV no G1

Causídico Jurássico

Viver é Perigoso

PAULO FREIRE E A NOSSA ESCOLA



Era uma vez uma Escola de Engenharia, formando de maneira brilhante, engenheiros para todo o país. Devagar, o sonho de ampliar o espaço, multiplicar os cursos e diversificar os percursos formativos, coloriu o seu muro, tornando-o acessível e próprio à apreciação, ao encantamento, ao registro da História. Então, primeiro, a escola se transformou em Universidade e depois, compôs o seu muro, não como parede que isola, mas como espaço que agrega, que atrai, que prolonga o encontro cidade e campus, permitindo marcas de pessoas que iluminaram a Ciência. E ali teve espaço para todos e todas, de áreas científicas diversas, como representantes do sentido mesmo da universidade. Paulo Freire está cravado, coloridamente forte, marcando a formação docente, como teórico da Educação. A pergunta que se faz é: Como cabe Paulo Freire numa Universidade construída/enraizada pelos cursos de Engenharia? Qual o lugar de Paulo Freire neste traçado da universidade?

Foi pelo diálogo, pela possibilidade criada de sonhar coletivamente, que a UNIFEI foi deixando de ser EFEI e foi se concebendo como espaço de formação em outras engenharias e em cursos correlatos. Diálogos que fervilhavam pelos corredores, vozes que se fizeram ouvir ampliavam a vontade de fazer daquela escola de formação de engenheiros, também formação de docentes, de administradores, de robótica. Freireanamente, sem terem a noção disto, foi-se redesenhando a Escola para fazê-la mais plural, mais diversa, mais ampla em seus currículos, em seus espaços físicos e epistemológicos.

Quando, pois, ocorre a transformação da escola em universidade, como processo democrático de disputa e de diálogo, havia, nos intercursos burocráticos e pedagógicos, logísticos e legais, um espaço de reorganização dos saberes constituídos, necessários à institucionalização educativa para além de documentos e ementas curriculares. Paulatinamente, professores-engenheiros, físicos, químicos, matemáticos foram aprendendo a dialogar com outras áreas do conhecimento que não apenas as áreas das exatas. E é neste movimento de repaginação da forma e do conteúdo da então universidade, que se percebe o lugar freireano de pensar e de agir na e para a educação. Um lugar em que a Pedagogia, como ciência da educação, começa a se viabilizar por meio de reflexões de temáticas antes não relevantes para o corpo docente. Questões pedagógicas presentes, agora, no diálogo entre epistemologias outras em projetos de cursos sendo criados, em pesquisas diferentes sendo divulgadas, outras lógicas foram sendo anunciadas. Pluralidade docente exigindo outras aprendizagens, alunos/as diversos compondo as salas de aula e exigindo diferentes abordagens didático-metodológicas.

A presença de categorias freireanas demarca as mudanças, provoca perplexidades, sementeia maneiras outras de ser professor/a. Uma universidade sendo construída por esta diversidade traz, em seu bojo, a necessidade de se refletir e de aprofundar acerca do processo educativo, dos elementos pedagógicos antes, negados, como relação professor-aluno, modos de ensinar, maneiras de aprender, a avaliação como processo e tantos outros temas. Não se trata de aplicar Paulo Freire, mas de utilizar seus conceitos, direta ou indiretamente, no cotidiano do trabalho pedagógico, na postura investida de docência. Porque o legado de Paulo Freire, mais que método, é postura, é princípio, é um conjunto de valores que define uma determinada maneira de ser professor/a, de pensar a educação, de analisar a prática de ensino.

E, sem perceber, a UNIFEI foi subversiva aos moldes freireanos, porque ousou sonhar e mudar uma realidade de uma escola de engenharia, para uma universidade que tem seu muro ampliado, seu espaço habitado por diferentes pessoas, múltiplos olhares. Isto foi, para a História da EFEI refazer costuras, mudar o corte teórico, experimentar o questionamento, reconhecer ideologias, aprender de novo um outro modo de formar profissionais.

Há, pois nesta transformação da EFEI para UNIFEI um movimento freireano que silenciosamente vai se constituindo fundamentalmente por premissas que estão na obra de Paulo Freire e que nem sempre seus sujeitos têm conhecimento. Se aliada a estas ações, ocorresse a leitura de alguns de seus livros, o processo de transformação pudesse ter sido melhor aprofundado e exemplarmente significado para a comunidade universitária. Porém, a ausência de reflexão direta acerca das categorias freireanas vivenciadas nestes anos históricos da Instituição, não invalida o lugar de Freire. Pelo contrário, confirma sua importância para a Educação.

À medida que a universidade se consolida como espaço formativo não apenas de profissionais, mas de seres humanos críticos, comprometidos com o contexto social, desenvolvendo projetos que vão além das disciplinas oferecidas, aí estará o forro teórico-prático advindo das ideias freireanas. Mais que pintado em grafite num muro, Paulo Freire tem seu lugar em cada sala de aula, em todo encontro de diferentes saberes, em momentos de cuidado com o outro, em se colocar aprendiz para ser professor/a. Onde há docência e discência, onde há saberes a serem construídos, aí estará Paulo Freire. Por isto, ele vive!

Sobre a autora:

|A Dr. Rita Stano é Pesquisadora na área de Currículo, professora por gosto, aposentada pela UNIFEI e freireanamente pensante.

Instituto Sua Ciência

Perlustrador da Mantiqueira

Viver é Perigoso

PARA NÃO SE ESQUECER



As mudanças no raciocínio e na memória à medida que envelhecemos podem ocorrer por várias razões. E nem sempre são motivo de preocupação. Mas quando começam a interferir na vida cotidiana, podem indicar os primeiros sinais de demência. Outro termo que pode surgir quando falamos de demência é doença de Alzheimer, ou simplesmente Alzheimer.

Mas, afinal, qual é a diferença?

Demência é um termo genérico usado para descrever uma série de síndromes que resultam em alterações na memória, raciocínio e/ou comportamento devido à degeneração do cérebro. Para atender os critérios de demência, estas alterações devem ser suficientemente pronunciadas a ponto de interferir nas atividades habituais e estar presentes em pelo menos dois aspectos diferentes do raciocínio ou da memória. Por exemplo, alguém pode ter dificuldade de lembrar de pagar as contas e se perder em áreas outrora familiares.

Alzheimer- É o tipo mais comum de demência, representando cerca de 60% a 80% dos casos. Por isso, não surpreende que muitas pessoas utilizem os termos demência e Alzheimer de forma intercambiável. As alterações na memória são o sinal mais comum de Alzheimer — e é o sintoma que a população mais costuma associar à doença. Por exemplo, uma pessoa com Alzheimer pode ter dificuldade de se lembrar de eventos recentes ou de saber em que dia ou mês estamos.

Demência Vascular - É o segundo tipo mais comum de demência. Ela resulta da interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro. Os sinais de demência vascular podem ser mais variados do que as alterações de memória normalmente observadas no Alzheimer. Por exemplo, a demência vascular pode se apresentar como uma confusão geral, raciocínio lento ou dificuldade em organizar pensamentos e ações.

Demência Frontotemporal - Algumas pessoas podem não saber que a demência também pode afetar o comportamento e/ou a linguagem. As pessoas com este tipo de demência podem ter dificuldade de interpretar e responder adequadamente a situações sociais. Por exemplo, elas podem fazer comentários estranhamente rudes ou ofensivos ou invadir o espaço pessoal dos outros.

Demência semântica - É um tipo de demência frontotemporal — ela resulta na dificuldade de compreender o significado das palavras e denominar objetos do cotidiano.

Demência por corpos de Lewy - É resultado da desregulação de um tipo diferente de proteína conhecida como alfa-sinucleína. Muitas vezes observamos isso em pacientes com Parkinson. Pessoas com este tipo de demência podem ter movimentos alterados, como postura curvada, andar arrastado e alterações na caligrafia. Outros sintomas incluem mudanças no estado de alerta, alucinações visuais e perturbações significativas do sono.

Nikki-Anne Wilson

Viver é Perigoso

LEILÃO VIRA PÓ

 


Viver é Perigoso

MOÇA BONITA


Françoise Madeleine Hardy, cantora e compositora francesa, bastante popular durante os anos 60. Uma das mais bem-sucedidas, elogiadas e influentes artistas francesas do século XX, seu trabalho ao longo de décadas é marcado por fina sensibilidade e sofisticação musical.

François Hardy tomou o barco ontem em Paris. Estava com 80 anos. François estava doente havia quase duas décadas, quando recebeu o diagnóstico de um câncer no sistema linfático, o que a levou a se afastar da carreira artística.

Seu primeiro sucesso "Tous Les Garçons et les Filles", foi lancado em 1962, com milhões de cópias vendidas.

Em setembro de 1964, Françoise Hardy veio ao Brasil pela primeira vez. Faz shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em outubro de 1968 Françoise voltou ao Brasil para se apresentar no histórico III Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro.

Na volta à França, grava em francês a canção vencedora do festival, "Sabiá", (La Mesange) de Jobim e Chico.

Em janeiro de 2023 a revista estadunidense Rolling Stone inclui Françoise Hardy em sua lista dos "200 maiores cantores de todos os tempos". A cantora fica 162° lugar. Foi a única artista da França a aparecer na lista.

Viver é Perigoso

DIA DOS NAMORADOS

 

Viver é Perigoso