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Foto Aldo |
Antigo prédio da cadeia de
Itajubá. Ficava na Rua Nova, esquina com a Rua Francisco Masselli.
Tirando o
dono da foto, que de lá tem recordações, creio que a demolição do prédio não
causou maiores tristezas para ninguém.
No interior do prédio só estive
duas vezes. Explico: uma delas quando fui tirar a carteira de motorista e a
segunda para acompanhar a liberação de dois grandes amigos lá recolhidos,
logicamente por engano dos policiais (ou excesso de zêlo, não me lembro
bem).
Numa conversa em Aiuruoca (já
contei aqui) com o famoso advogado e intelectual, Dr. Dantas Motta, ele nos
mostrou fotos de um preso, segundo ele "suicidado" nessa cadeia. Um caso que deu
muito o que falar na cidade e me deixou impressionado. Mas isso é uma outra história.
Nos anos 60, quando eu cursava o
ginasial no Colégio Itajubá, mais conhecido como o Colégio dos Padres, o
Professor Estácio Tavares, homem severo, rigoroso, respeitado e correto cidadão, teria sido agredido por um policial (o professor havia saído em defesa de um estudante detido).
Foi um Deus nos
acuda.
Na noite seguinte, os estudantes
da cidade organizaram uma passeata de protesto. Na realidade foi um enterro
simbólico da polícia, com caixão e tudo.
Moleque ainda, eu estava
lá carregando uma velinha acesa. O "féretro" atravessou toda a Rua
Nova.
Os policiais apagaram todas as
luzes da cadeia e se posicionaram armados nas janelas, preocupados com uma
invasão e quebra-quebra.
O protesto correu tenso porém
ordeiro.
No final, a multidão foi até a
casa do Prof. Estácio (morava na mesma Rua Nova) e seguiu em frente,
carregando-o nos ombros.
Ficou na história.
Posteriormente, o Dr. Estácio, pai do meu colega de primário, Guigui, foi meu Professor de Geografia no Colégio de Itajubá.
Diferentes movimentos de rua.
ER