Fructuoso de Lima Vianna, nasceu em Itajubá em setembro de 1896. Seu pai, Miguel Arcanjo de Sousa Vianna - advogado, ex-promotor da Comarca de Itajubá e, por várias vezes, Juiz de Direito substituto – era pianista e cantor amador. Seus tios Luiz e José Ramos de Lima foram músicos e compositores.
Aprendeu suas primeiras lições com Dona Antonina Chambelin Bourret. Em 1908, com apenas 12 anos apresentou-se ao público pela primeira vez no Clube Itajubense, executando a 4ª Sonata de Schmoll. ista e cantor amador. Em junho de 1912, foi para o Rio de Janeiro, se matriculando na Escola Livre de Música.
Seguindo, após estada inicial em Paris, seguiu para Berlim, onde permaneceu por dez meses sob a orientação de Rudolf Hanschild, ex-aluno de Egon Petri, da Escola Busoni. Em seguida, rumou para Bruxelas, na Bélgica, onde foi discípulo de Arthur de Greef, ex-aluno de Liszt. Por fim, residiu em Paris, onde trabalhou o repertório francês moderno com a professora Blanche Selva.
Fructuoso de Vianna casou-se em março de 1931 com D. Maria Júlia Brasil Vianna (Juju), falecida em 1983, nascida em Ouro Fino. O casal teve duas filhas: Maria Guilhermina Brasil Vianna e Ana Maria Brasil Vianna, que trabalharam para a preservação da memória e das composições musicais de seu pai.
Em 1973, o então Ministro da Educação, Jarbas Passarinho, instituiu uma “pensão especial ao artista e compositor que muito fez pela arte musical brasileira.
Passagens marcantes:
Atuou a bordo do encouraçado São Paulo durante a viagem dos Reis Alberto I e Elizabeth, da Bélgica, em visita ao Brasil, a convite do Presidente Epitácio Pessoa.
Foi como integrante do trio que participou da famosa audição privada organizada por Villa-Lobos para o pianista Arthur Rubinstein, em 1921, no Palace Hotel, quando o grande virtuose ouviu pela primeira vez a obra do compositor carioca, da qual passaria a ser um dos defensores.
Como intérprete de Villa-Lobos, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, e, no ano seguinte, partiu para a Europa a bordo do navio Marseille, onde conheceu Alberto Santos Dumont e deu recitais para os passageiros durante a travessia do Atlântico.
O compositor tomou o barco no Rio de Janeiro, em 22 de abril de 1976. Descansa no cemitério São João Batista, onde também repousa sua esposa.
Viver é Perigoso.