Com o assunto caindo no conhecimento dos bem vividos a conversa vai longe. Claro, que além do Presidente e Alvorada, tinhamos outros cinemas, como o Apollo, Paratodos e Imbel. Podem não acreditar, mas a minha primeira ida ao cinema foi no Cine Edna, na Boa Vista, é claro, e aconteceu por volta do ano de 1955, assistindo numa matinê de sexta-feira da paixão, "A Vida de Cristo"
Exceto pelo Cine Alvorada, dos Irmãos Storino, os demais cinemas da cidade eram ligados a família pioneira em cinemas, Pereira Pinto. Curiosidade: durante anos, os filmes de metragem extra longa (10 mandamentos/Ben-Hur/Dr. Jivago/Spartacus/E o Vento Levou/Cleopatra) só eram exibidos no Cine Apollo e ficavam em cartaz a semana toda.
Segundo conversas, mais de 90% dos namoros doa anos 60 e 70, cmeçavam no escurinho dos cinemas. Com um detalhe: sempre aos domingos e na sessão das 16:30 horas, com alguns tendo palco a sessão das 19:00. Na última sessão, frequentavam só os já casados ou noivos firmes. Razão: complicado levar a moça, caminhando, é claro, para a sua residência nos bairros, Boa Vista, Avenida, Varginha, Mercado, Cruzeiro. Lógico que o bairro BPS nem pensava em existir.
Os filmes estreiavam sempre nos domingos.
A matinê mais movimentada era a de domingo no Paratodos, acontecendo a famosa troca de gibis e livrinhos de bang-bang em frente ao cinema, na calçada do Bazar Fukaiama, que à noite era palco para os "marreteiros" e troca-troca de objetos, como relógios, bicicletas e outros.
Viver é Perigoso