A Câmara de Deputados gasta mais de R$ 1 bilhão por ano em salários, gratificações e auxílios pagos a funcionários cuja jornada de trabalho não é controlada nem fiscalizada - e que, muitas vezes, podem não estar exercendo funções ligadas ao Legislativo.
Atualmente, há cerca de 10 mil secretários parlamentares contratados pelos 513 deputados para atuar em Brasília ou no Estado pelo qual foram eleitos - nesta segunda-feira (21), eram 9.972, número que varia diariamente e que representa em torno de 69% do total de servidores da Casa.
Cada deputado tem direito mensalmente a uma verba de gabinete de R$ 133 mil para contratar de 5 a 25 secretários parlamentares. Eles ganham entre R$ 1.584,10 e R$ 18.719,88, além de auxílio alimentação de R$ 1.393,11 e outras gratificações.
Declara o Deputado Kim Kataguiri, do União Brasil:
"Eu ousaria dizer que a maior parte dos parlamentares na realidade não contrata assessores, contrata os cabos eleitorais que ficam no estado. Os gabinetes em Brasília são na sua maioria vazios. Tem ali dois ou três assessores, e a maior parte está no estado fazendo campanha eleitoral para o deputado durante quatro anos."
Em tempo, o deputado Kataguiri foi relator de projeto para tornar obrigatório o ponto eletrônico para todos os funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário. O texto foi aprovado em 2019 na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, mas está parado desde então.
FSP
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