Para os poucos que estão chegando agora:
Nos anos 80, havia uma expressão muito utilizada, que era o "efeito Orloff", expressa na sentença "Eu sou você...amanhã".
A frase era dita em um comercial, no qual o personagem que acabava de pedir uma vodka recebia uma visita de uma pessoa igual a ele, que se dizia bem e sem ressaca.
Viver é Perigoso
Um comentário:
Rememorando
Desde 1985 com a redemocratização os militares foram se afastando da política. Como a história registra tiveram diretamente nela por 21 anos. O afastamento foi definido como profissionalização das forças. O ápice foi a criação do Ministério da Defesa nos anos FHC com um civil no cargo. Isso se manteve com Lula e Dilma.
Ai impeachment de Dilma e governo Temer fraco por causa dos escândalos principalmente da JBS. Militares retornam ao governo com Gen. Silva e Luna na Defesa.
Depois com inábil, despreparado e mal intencionado Bolsonaro a coisa cresce de maneira exponencial. Nos ministérios e em toda a administração federal perto de 7.000 militares ocupam os mais variados cargos antes ocupados por civis. O mais notório foi o incompetente Gen. Pazzuelo na Saúde em plena pandemia. Indisfarçável a contaminação política das forças inclusive as policiais. Exemplos maiores a PRF do Silvinei e o aparelhamento da ABIN do Ramagen. A profissionalização tão almejada foi pro espaço e a contaminação foi evidente chegando infelizmente a contestação das urnas eletrônicas, apoio as manifestações golpistas e aos tristes dias de hoje de indiciamentos pela PF. Acham que muitos não estão preocupados vendo que dos 37 indiciados pela PF (tem até um padre) por tentativa de golpe e assassinatos, 25 são das forças com gente da ativa? Inclusive 4 generais e 1 almirante? Todos taxados de traidores. O que é pior para um militar do que ser chamado de traidor da pátria?
Urge retornar o profissionalismo e o afastamento os militares da política e da ideologia. Urge votar o projeto que diz aos militares e policiais: quer entrar na política, muito bem. Saia do serviço ativo. Urge reformar os currículos das academias militares onde o respeito à democracia e aos estado de direito sejam matérias básicas. Ou lá na frente surgirá um outro maluco com poder e tudo volteará a acontecer.
Observador de Cena
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