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sexta-feira, 30 de maio de 2025

RAIZ DO MAL

 


"O fim da reeleição é a única maneira de restabelecer a dignidade dos cargos políticos, com gente competente e preparada, que saiba enfrentar adequadamente os problemas do país.

Não é a dilatação do prazo que vai fazer com que uma administração desastrada ou desonesta se conserte. Todo programa de governo previamente planejado deve ser executado no período legal do mandato.

A não reeleição evita que o político faça conchavos e acertos escusos para se perpetuar no poder. A política, para ser saudável e sustentável, não pode ser profissão, muito menos perpétua.

A proibição da reeleição favorece o princípio republicano da renovação e alternância do poder. É preciso continuamente abrir espaço para o surgimento de novas lideranças políticas, acabando-se com o feudalismo vigente na estrutura dos partidos, cujos fundadores ou chefes fazem deles propriedade particular. Na democracia, quanto mais renovação nos comandos, menos espaço se proporciona ao continuísmo ditatorial ou feudal.

O político - seja ele do Executivo ou do Legislativo - que não executa seus projetos ou ideias dentro do prazo legal do mandato revela, desde logo, um péssimo planejamento ou incompetência para o exercício da função pública.

O Parlamento e o Executivo, nos regimes democráticos, devem ser exercidos sempre de forma transitória. O fim do político profissional não significa acabar com o profissionalismo necessário do serviço ou do servidor público, cuja expertise deve ser aproveitada da melhor forma possível na realização dos programas de cada governo ou de cada mandato."

Luiz Flávio Gomes

Viver é Perigoso

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