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sexta-feira, 15 de abril de 2022

SÍNDROME DE ESTOCOLMO



Em Estocolmo, capital da Suécia, em 23 de agosto de 1973, o criminoso Jan-Erik Olsson entrou em um banco, sacou uma arma, e tomou quatro funcionários da agência como reféns.

Ele então exigiu um carro para fugir, dinheiro em espécie, e que um cúmplice seu que estava preso fosse libertado e levado rapidamente para o banco onde ele estava.

A polícia cercou o local, posicionando franco-atiradores no entorno. Os assaltantes refugiaram-se no cofre do banco, mantendo os reféns com eles. Um policial então entrou no banco e fechou a porta do cofre, trancando tanto os bandidos como os reféns do grupo em seu interior.

Foi nesse momento que a história ficou estranha. De dentro do cofre, Kristin Enmark, que estava entre os reféns, telefonou para o primeiro-ministro sueco e implorou para que seus captores fossem autorizados a sair. Mais estranho ainda, ela afirmou que gostaria de ir com eles.

O primeiro-ministro recusou a ideia, a polícia começou a se preparar para invadir o cofre. Os criminosos concordaram em deixar o local, mas os reféns ofereceram-se a servir como escudos humanos, protegendo seus captores da possibilidade de serem mortos a tiros pela polícia.

Posteriormente, os reféns se recusariam a testemunhar no tribunal contra os assaltantes - e inclusive arrecadariam dinheiro para financiar a defesa dos acusados.

Parecia que os reféns haviam enlouquecido, ficando do lado de seus captores, não da polícia. Devido a esse caso, essa resposta psicológica acabou ficando conhecida como "síndrome de Estocolmo".

Desde 1973, o conceito de síndrome de Estocolmo foi noticiado pela imprensa em vários sequestros e crimes com a utilização de reféns. Muitas pessoas, no entanto, são céticas quanto à existência de tal fenômeno. A "síndrome" nunca foi reconhecida oficialmente como um distúrbio psiquiátrico. 

BBC

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