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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

ONDE OS BRAVOS SE ENCONTRAM


Como diz um amigo engenheiro de Pedralva: Zé, o tempo é implacável.

Aconteceu hoje, nessa manhã indecisa de quarta-feira. Os bravos em questão não se encontraram no Bairro Avenida, no Bar das Flores, na Churrascaria do Senhor Marcos Grillo, no Bar do Silvio Pizzaro.

Nada daquela conversa fiada jogada fora, de confidências sobre paixões passageiras, campeonatos de futebol e filmes em cartaz no Paratodos.

Nada de sonhos e projetos malucos. Nada de ameaças de buscar emprego em São Paulo e sumir de vez.

O local atual de encontros dos bravos da Avenida e Boa Vista, foge para distante desses lugares mágicos. Esta sendo realizado no sempre sizudo bairro do Morro Chic.

Interessante. Todos os Bravos chegam bem cedo e disciplinadamente, o que foge totalmente dos estilos, retiram uma senha que determinará o atendimento, coincidentemente, todos com o carimbo de prioritário.

Ao contrário do peito aberto, sorriso franco e cabelos ao vento, chegam dentro de uma bermuda larga, constratando com o que foi uma antiga camisa social, chinelos folgados, óculos escuros e um indefinido boné enterrado na cabeça.

Quietos, atentos, como esperando um ataque de índios vindo do alto de um desfiladeiro. Não querem ser reconhecidos.

A situação muda quando a atendennte chama um deles pelo nome e sobrenome. Susto e forçar da memória. Caramba ! É o Esquerdinha. Como está velhinho. E chamado o Gumex. Não acredito, é o Paulinho. E vai por aí.

Na saída, após o reconhecimento feliz e geral, abraços fortes e furtivas lágrimas rolando pelos olhos.

O lado sentimental dos exames de laboratório no Labclin. Depois, logicamente dispensando o uso de um espelho, murmura: Pô mêu, os caras tão acabados.

Viver é Perigoso   

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