FAZEI TUDO QUE O MESTRE MANDAR

Javier Milei seguiu definitivamente os passos do Donald.

O seu Governo anunciou nesta quarta-feira que a Argentina se retirará da Organização Mundial da Saúde (OMS), espelhando a decisão que o presidente dos Estados Unidos tomou assim que tomou posse, em janeiro passado. 

A saída da OMS “baseia-se em diferenças profundas na gestão da saúde, especialmente na pandemia” do coronavírus, disse o porta-voz de Milei, Manuel Adorni, em conferência de imprensa na Casa Rosada. 

O presidente reiterou posteriormente o mesmo argumento, mas de forma menos diplomática. “Decidimos sair de uma organização tão nefasta que foi o braço executor daquela que foi a maior experiência de controle social da história”, escreveu em suas redes sociais.

A saída da OMS vai ao encontro da posição anti-quarentena que Milei sempre manteve e que o tornou amplamente popular entre a direita, quando há cinco anos se juntou às manifestações contra o confinamento sanitário decretado pelo então presidente, Alberto Fernández, para controlar a propagação da covid-19. 

Milei considerou o isolamento em 2020 como “um crime contra a humanidade” que ia contra a liberdade das pessoas. E sempre acusou a OMS de promovê-lo a nível global sem ter base científica para o fazer. 

Com a saída do organismo multilateral, Milei coloca a Argentina no clube dos isolacionistas liderados por Donald. O Governo argentino está mesmo a considerar romper com o Acordo de Paris, em linha com a sua política de negação das alterações climáticas. “Estamos avaliando”, confirmou nesta quarta-feira

Blog: Desconfio se outro fosse o vencedor das últimas eleições presidenciais, certamente estaríamos trilhando o mesmo caminho.

El País

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