Com quem ainda não aconteceu ?
Disse certa vez o Roberto Freire em uma crônica:
A maior paixão platônica de minha vida foi, sem dúvida nenhuma, a cantora francesa Edith Piaf. Eu a ouvia no rádio desde menino e, mais tarde, em discos que meu Pai comprava em suas viagens ao exterior.
Muitos anos depois, eu a vi cantar em São Paulo. Na boate ocorreu o vexame que desejo contar. Numa mesa ao fundo da sala esperava emocionado o início do show. De repente, em meio à penumbra do lugar descubro Edith Piaf vindo em nossa direção, a caminho do palco, sem ser percebida ainda pelo público. Fiquei petrificado de emoção, por tamanha próximidade de meu amor. Ela caminha com cuidado e passa pertinho de mim. Então, como se a tivesse em meus braços, derreto a voz e faço sair do fundo de mim, carregada de toda a velha e encantada paixão, este sopro: "Edith".
Piaf ficou um instante imóvel, voltou-se devagar e olhou-me sorrindo.
Comentou certa vez o amigo professor Marcio Cury:
E quem não tem essas paixões escondidas no fundo do coração? Comigo aconteceu com a Katherine Hepburn, no aeroporto de Los Angeles.Infelizmente ela não sorriu e nem notou a minha insignificante presença! Majestosa e linda, como sempre, tinha pensamentos só para o Spencer Tracy, ambos considerados os melhores atores de Hollywood. Eu também fiquei "petrificado de emoção" por vê-la de tão perto! Tempo bom, que sempre volta às memorias dos bons tempos!
Para não ficar distante, emendei:
No final de 1980, creio, com bastante certeza, Sônia e eu, estávamos no pequeno Shopping a Céu aberto do Hotel Tropical em Manaus, quando vimos ao nosso lado, a mulher nota 10, ou seja a Bô Derek (lembram-se ?) com o seu marido John Derek.
Ela estava com um vestido tipo indiano até os tornozelos, decote acentuado, queimada de sol e cabelos presos, loiríssimos. Ficamos por quase uma hora encontrando e nos reencontrando pelas lojas. Ah! estava com sandália baixinha.
Realmente muito bonita, fazendo justiça ao seu apelido, que saiu do nome do filme - Mulher Nota Dez.
Viver é Perigoso
2 comentários:
Credo! Que cheiro de naftalina.
O tempo é uma fábrica de monstros....
Postar um comentário