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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

MOÇA BONITA



Tomou o barco aos 99 anos, Mirta Acuña de Baravalle, uma das fundadoras das organizações de defesa dos direitos humanos Mães da Praça de Maio e Avós da Praça de Maio.

Mirta Baravale era mãe de Ana María Baravalle que tinha 28 anos e estava grávida de cinco meses quando foi sequestrada em agosto de 1976, juntamente com seu marido, Julio César Galizzi.

As Mães da Praça de Maio é associação argentina de mães que tiveram seus filhos assassinados ou desaparecidos durante o terrorismo de Estado da ditadura militar, que governou o país entre 1976 e 1983. Elas se organizaram tentando descobrir o que ocorreu com seus filhos e começaram a fazer passeatas em 1977 na Praça de Maio, em Buenos Aires, em frente a Casa Rosada, a sede do governo argentino.

Fundadoras das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, juntamente com as freiras francesas Alice Domom e Léonie Duquet que apoiaram o movimento, foram sequestradas, torturadas e assassinadas pelo governo militar.

O governo tentou afrontar o trabalho das Mães chamando-as de "las locas" (as loucas).

Em tempo, os militares admitiram que mais de 9 000 dos que foram sequestrados ainda estão desaparecidos, mas as Mães da Praça de Maio dizem que o número de desaparecidos está próximo de 30 000. Presume-se que a maioria morreu. Muitos desses prisioneiros eram estudantes de ensino médio, jovens profissionais e sindicalistas que eram suspeitos de terem se oposto ao governo.

Viver é Perigoso

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