Aconteceu há exatos 65 anos. Na segunda-feira braba do dia 14/3/1960
Na noite do dia anterior, o Professor Estácio Tavares, homem severo, rigoroso, respeitado e correto cidadão, teria sido agredido por um policial (o professor havia saído em defesa de um estudante detido).
Cursava eu o ginasial no Colégio Itajubá.
Foi um Deus nos acuda.
Os estudantes da cidade organizaram uma passeata de protesto. Na realidade foi um enterro simbólico da polícia, com caixão e tudo, inclusive com um estudante vestido de padre.
Moleque ainda, eu estava lá carregando uma velinha acesa. O "féretro" atravessou toda a Rua Nova.
Os policiais apagaram todas as luzes da cadeia e se posicionaram armados nas janelas, preocupados com uma invasão e quebra-quebra.
O protesto correu tenso porém ordeiro.
No final, a multidão foi até a casa do Prof. Estácio (morava na mesma Rua Nova) e seguiu em frente, carregando-o nos ombros.
Ficou na história.
Posteriormente, o Dr. Estácio, pai do meu colega de primário, Guigui, foi meu Professor de Geografia no Colégio de Itajubá.
Outros tempos.
Viver é Perigoso
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