STORIES
O que nos move parece ser uma insatisfação perene, um desejo insistente de ver mais, ouvir mais, rir só mais um pouco, quem sabe chorar mais uma vez. Porque cada mísero vídeo ou foto ou notícia ou comentário resulta insuficiente, um pouco aquém do prazer, é que precisamos permanecer ali só mais um instante, um último minuto antes de trabalhar, dormir, sair para encontrar alguém. Os stories se parecem com histórias sem nunca chegar a sê-lo, e assim não são capazes de saciar tantos anseios. Sobra-lhes informação, falta-lhes continuidade, profundidade, sentido. Por isso sabemos tanto sobre as banalidades do mundo, e sobre a nossa vida nos vemos cada vez mais perdidos.
Julian Fuks
Viver é Perigoso
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