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sábado, 15 de junho de 2024

CRIEI UM MONSTRO



"Criei um monstro", afirmou certa vez o general Golbery do Couto e Silva.

Ele se referia ao Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão de espionagem da ditadura militar brasileira que foi instituído em lei de 13 de junho de 1964. O general foi seu principal idealizador -  e primeiro chefe, ocupando o posto até março de 1967.

Segundo artigo publicado na BBC:

"Semanas após o golpe de 1964, o SNI foi criado em um "momento de grande paranoia anticomunista. Foi também o momento de passagem da estratégia de 'contenção e retaliação' aos movimentos reivindicatórios por direitos e reformas sociais para a estratégia de 'repressão e contra-ataque' na América Latina. "A montagem destes serviços de identificação e vigilância, ditos de inteligência, visava ao atendimento e garantia da doutrina de segurança nacional. Esta orientava-se pelo combate ao 'inimigo interno', no interior das sociedades nacionais. Daí a sanha de enxergar e de buscar "comunistas" em toda parte, o tempo todo. Rapidamente esta paranoia desdobrou-se em repressão a qualquer tipo de crítica, de oposição e denúncias contra o regime instaurado em 1º de abril de 1964.
Ligado à estrutura da presidência, o SNI gozava de imenso poder e quase ilimitadas prerrogativas. Podia investigar qualquer um que considerasse suspeito e de seus relatórios originavam-se decisões da cúpula do país. Com sede em Brasília e agências nas principais capitais, com o tempo eles foram ampliando. No final da ditadura havia mais de 100 unidades de informação, quase 200. Só no meio das universidades eram mais de 40. A organização contava com duas fontes principais: os "cachorros" e os "secretas". Os primeiros eram agentes que atuavam de forma voluntária, muitas vezes funcionários públicos em cargos de confiança. Já os “secretas” eram agentes remunerados e treinados pelo SNI, infiltrados em diversos setores da administração pública e privada. Mais de 300 mil brasileiros foram fichados pelo SNI, muitos deles tendo sido presos, torturados e assassinados."

O órgão foi extinto em março de 1990, quando Fernando Collor, primeiro eleito por voto direto após o regime militar, assumiu a presidência do País.

Viver é Perigoso

2 comentários:

Anônimo disse...

Esta na hora de voltar a funcionar.

Essa esquerda podre cujo líder máximo se alia aos piores exemplos da autocracia corrupta e assassina do mundo precisa ser contida em favor da nossa sociedade democrática.

Anônimo disse...

A nossa sociedade é de esquerdopatas, alias da pior espécie...kkkkk
Viva o Lula e o PT.