Helyeh Doutaghi, iraniana, professora-visitante em Yale, foi banida pela própria instituição.
O capítulo inicial da história transcorreu em 2023, quando a Escola de Direito de Yale convidou Doutaghi a ocupar a vice-diretoria do Projeto de Direito e Economia Política, que se exibe como plataforma pela "igualdade econômica, racial e de gênero". Ano passado, ela estrelou um evento do projeto intitulado "Uma Política Econômica do Genocídio e Imperialismo" - que, surpresa!, concentrou-se no "genocídio na Palestina".
O capítulo final não é menos feio. Yale justificou o banimento de Doutaghi alegando "conduta potencialmente ilegal": sua hipotética ligação com o Samidoun, uma rede internacional de solidariedade a prisioneiros palestinos designada como entidade terrorista por Israel e Canadá cuja atuação sofre restrições também nos EUA e na Alemanha.
Doutaghi participou de eventos públicos da rede palestina, mas nega que pertença a ela - e inexistem provas de tal conexão. De fato, a acusação de Yale contra sua acadêmica-ativista parece decorrer exclusivamente de pesquisa realizada por um robô de inteligência artificial e, sobretudo, não aponta crime algum.
O banimento tem motivo diferente. Yale teme a ofensiva de Trump contra a liberdade de palavra nas universidades americanas. Não quer ocupar o mesmo lugar da Columbia, cujo financiamento federal acaba de ser suspenso. Por isso, de joelhos, age preventivamente, fazendo aquilo que imagina ser o desejo da Casa Branca.
Demétrio Magnoli - Folha de São Paulo
Viver é Perigoso
2 comentários:
A grande pergunta do momento é, por que o bananinha, o 03, fugiu pros States? hein? hein?
Preparando a "cama" pro pai? A coisa tá hilária: Como diz o humorista: "E tem um meme com a cara do Eduardo Bolsonaro e a legenda: "Desaparecido! Você viu este homem? 700 mil eleitores de São Paulo procuram seu deputado federal. Última localização: Disney!".
700 mil eleitores? É fichinha quando o 00 fugir tb. Serão 58MILHÕES a procura de um mito. Ah! Faz um B
Melhor continuar com o L cumpanheiro ..kkkkkk
Mito é mito.
Postar um comentário