Reeperbahn, a "rua mais pecaminosa do mundo", fica no bairro de St. Pauli, em Hamburgo, na Alemanha.
A reputação é um tanto oficial: até material de marketing do governo alemão já usa o apelido para divulgar o trecho aos turistas.
Essa fama teria nascido há séculos. Entre 1618 e 1648, o território da atual Alemanha estava envolvido na Guerra dos Trinta Anos e, com isso, bairros de Hamburgo foram elevados e fortificados. Mas a região de Hamburg Berg, hoje St. Pauli, estava localizada fora das muralhas. Assim, os "indesejáveis" começaram a se fixar por lá: prostitutas, hospedarias e o Pesthof, um hospital para doenças mentais e epidemias.
Nos anos seguintes, aos poucos, a rua foi se tornando um centro de entretenimento da região. Câmaras obscuras, circo, museu de cera, encantadores de serpentes, ventriloquistas e domadores de animais ferozes divertiam o público e dividiam as atenções com bares, bordéis e casas de shows nos séculos seguintes.
Em especial, o cruzamento da Davidstrasse com a Reeperbahn sempre foi um ponto de prostituição, tolerada desde o século 19.
Nem mesmo as adversidades da Primeira Guerra e do regime nazista contiveram a Reeperbahn. Ela talvez tenha vivido seu auge nos anos 1960, quando a banda The Beatles fez shows em diversos bares antes da fama, o que rendeu à rua uma praça dedicada a John, Paul, George e Ringo. Na época também foi aberto o mais moderno bordel da Europa: o Eros Center.
O grande "golpe" para a Reeperbahn veio no fim dos anos 2000, época em que o Museu de Arte Erótica fechou, assim como outros clubes e bordéis. Estes espaços foram dando lugar a bares, restaurantes e comércios, motivados pelo desejo crescente dos mais jovens por álcool - muito mais do que por sexo.
Até hoje, ela é repleta de casas de striptease, sex shops e bordéis famosos por suas fachadas coloridas com neon. Bares com ringues de boxe e prostitutas nas vitrines e janelas se exibindo a clientes. Oferece a Operettenhaus, um teatro que abriga musicais populares na Broadway de Nova York, como "Cats" e "Mamma Mia".
Nossa Viagem
Viver é Perigoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário