Sinceramente, indicado e comentado por um amigo, nunca tive disposição para ler o livro do dominicano Frei Beto - Batismo de Sangue - Editora Rocco - 447 páginas. É hoje considerado um dos clássicos da literatura brasileira no século XX.
Resolvi encarar.
Lançado em 1982 e vencedor do Prêmio Jabuti em 1985. frades dominicanos se engajam na guerrilha contra a ditadura militar nos anos 1960 no Brasil. Por apoiarem a luta armada, são considerados comunistas, presos e torturados. Levado ás telas de cinema em 2006, em filme (também nunca quis assistir) do mesmo nome, dirigido pelo Helvécio Ratton.
Batismo de sangue é um livro fundamental acerca da história dos anos de chumbo, escrito por um de seus destacados protagonistas.
Frei Betto traça o perfil político de Carlos Marighella e narra os episódios em torno de sua morte, fala da participação dos frades dominicanos no movimento guerrilheiro, de seus tempos na clandestinidade, de sua atuação no “esquema de fronteira” – retirando perseguidos políticos do país.
E o mais triste, abre o dossiê completo de Frei Tito, o religioso brasileiro que se tornou símbolo internacional da tortura no Brasil.
Incompreensível que existam num País de povo tão solidário como o Nosso, admiradores dos famigerados torturadores Cel Brilhante Ustra e Sérgio Fleury.
Em tempo, os perigosos criminosos presos e torturados pela ditadura eram jovens universitários no entusiasmo de seus vinte e poucos anos.
Não se trata da discussão sobre ideologias, mas sobre até onde vai a maldade.
Viver é Perigoso
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