Já fui fã de extremas. Explico: Em tempos jurássicos, no futebol, os extremas eram importantes. Muito mais o extrema-direita que o extrema- esquerda.
Em caso de necessidade o primeiro a ser substituído era o extrema - esquerda, mais tarde chamado de ponta-esquerda, profissão que nem existe mais.
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Julinho - Gol contra a Inglaterra em 1959 |
Recordo-me como se hoje fosse, assistindo pela TV Invictus na casa do meu avô Jayme, na Boa Vista, é claro, a partida realizada no Maracanã, entre o Brasil e a Inglaterra, quando a maior vaia da história foi ouvida no estádio. Oa alto-falantes anunciaram a escalação do extrema-direita Julinho Botelho no lugar do extrema-direita mais radical, ou melhor, o melhor que existiu, Garrincha.
Foi impressionante. Mais extraordinário foi o desempenho do Julinho Botelho (Fiorentina/Palmeiras). Apresentou uma exibição de gala, marcando um gol e dando o passe para outro. As vaias se reverteram em aplausos.
Outros extremas-direita; Joel (Flamengo) titular da seleção até perder a posição para o Garrincha na Copa do Mundo de 1958. Jairzinho, extrema-direita na Copa de 70 e o folclórico Cafuringa (Fluminense).
Extrema- Esquerda forma poucos, com Pepe e Zagalo.
Agora, nem extrema-esquerda e nem extrema-direita, mas um meia-esquerda, virou sinônimo de sucesso, a começar pelo Pelé. Indo mais para baixo, Maradona, Zico, Messi e Neymar.
Então, atentando para os fatos, olhem com respeito para os meias-esquerda. Atuam com camisas 10. Normalmente servem como referência.
Viver é Perigoso
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