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sexta-feira, 25 de março de 2016

NUNCA MAIS O MESMO


Vez por outra, provocado por alguma coisa, os pensamentos voam e pousam em determinados momentos acontecidos há tempos, e vêm a tona cenas com um detalhamento impressionante.
Em 1974, já formado em engenharia, trabalhava em São Paulo.
Embora ainda não possuíssemos carro, Sonia, que também já trabalhava em São Paulo e eu, vinhamos todos, sem exceção, os fins de semana para Itajubá. 
Ou Transul ou Pássaro Marron. Vinda na Sexta à noite e volta no domingo à tarde. E era muito bom.
No sábado, 15 de junho de 1974, ao chegar na casa do meu pai, em torno do meio-dia, logicamente para serrar o almoço, tradicionalmente, arroz/feijão/batata-frita/lombinho na panela, meu pai, que assistia na televisão Holanda x Uruguai pela Copa Do Mundo de Futebol, me chamou e disse:
Assista um pouco esse jogo. Sentamos juntos no sofá e ele adiantou sobre a partida em andamento: Preste atenção, porque a partir de hoje o futebol nunca mais será o mesmo.
Fiquei extasiado e almocei ali na própria sala acompanhando a partida.
Tomávamos conhecimento do famoso Carrossel Holandês.
Rud Krol, Hanegen, Neeskens, Rep e Resenbrink, sob o comando do Cruyff, revolucionavam  o futebol.
A grande seleção celeste uruguaia, com Mazurkiewcz, Forlan, Cubilla e Pedro Rocha, atônitos assistia o show da "laranja mecânica". Nem pontapés conseguiam acertar nos adversários.
Esta semana, como todos leram, tomou o barco em Barcelona, o número 14, Johan Cruyff, aos 68 anos.
Lembrei-me de tudo. O futebol nunca mais foi o mesmo.

Viver é Perigoso 

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