
Já que estão falando tanto em lixão, lembramos do antigo lixão de Itajubá que ficava às margens da rodovia BR 459 (reta de Piranguinho). O local era usado para depósito, inclusive de sucata das indústrias da cidade. Tudo de forma oficial.
Pois bem. Um sitiante resolveu criar porcos ao lado do lixão, deixando-os soltos rolando, fuçando e se alimentando de tudo que era jogado ali.
Como o abate de suínos para comercialização nos açougues não era muito controlado, os clientes sempre se preocupavam com a origem do produto.
- Ô Dito, essa carne não é de porco do lixão ? - Que isso Dona Maria, claro que não !
Mas um açougueiro mais vivo, resolveu tirar vantagem assumindo logo que a carne que vendia era de "porco metalúrgico" do lixão, que comia parafusos, arruela, lascas e rebarbas de aço das fábricas. Segundo ele, a qualidade da carne era excepcional, considerando o índice de ferro contido.
Conseguia até cobrar um adicional no preço.
- Madame, a Senhora prefere pernil de porco metalúrgico ou caipira ?
- Claro Roberto, para os meus filhos o melhor. Quero de porco metalúrgico.
Pena que fecharam o lixão. Agora só urubu metalúrgico.
ER
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