Translate

quarta-feira, 9 de julho de 2025

ARMAS - DEU NO EL PAÍS



Acabar com a política de armas de fogo imposta por seu antecessor, Jair Bolsonaro. Essa foi uma das principais medidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus primeiros meses de mandato, em 2023. As novas regras que começaram a vigorar naquele ano produziram resultados espetaculares: a venda de armas caiu 91% entre 2022 (último ano do líder de extrema direita no cargo) e 2024, o primeiro ano com o marco legal mais restritivo já em vigor.

A facilidade com que Bolsonaro tornou possível a qualquer cidadão comum comprar uma arma multiplicou as vendas, que cresceram ainda mais em seu último ano de mandato, diante da perspectiva de que, com sua eventual saída do cargo, a festa acabaria. Naquele ano, foram vendidas quase 450 mil armas, um recorde, segundo dados publicados pelo jornal Folha de S. Paulo. No ano passado, porém, foram apenas cerca de 39 mil.

O líder de extrema direita, sempre inspirado pelos Estados Unidos, fez da flexibilização da posse e porte de armas sua principal prioridade de segurança. Especialistas ficaram indignados com os efeitos a longo prazo dessa política. Lula, de volta ao poder, não hesitou em tentar desmantelá-la o mais rápido possível.

Especialistas alertaram que facilitar a venda de armas era uma bomba-relógio. Era apenas uma questão de tempo até que isso se traduzisse em um aumento nos índices de violência. No entanto, não é isso que os dados mostram, pelo menos por enquanto. O Brasil continua sua tendência de queda nos homicídios, iniciada em 2018. Em 2023, último ano com dados completos disponíveis, 45.474 pessoas foram assassinadas no Brasil, 20% a menos que há dez anos, segundo dados do Anuário da Violência, divulgado em maio pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

El País

Viver é Perigoso

Nenhum comentário: