Está se tornando mais fácil detectar o Alzheimer por meio de um exame de sangue.
Hoje (9), a revista Nature Medicine publica o trabalho de uma equipe internacional de cientistas que testaram a capacidade do biomarcador sanguíneo fosfo-tau217 de prever o risco de Alzheimer em pessoas com algum tipo de comprometimento cognitivo.
O estudo, liderado por pesquisadores do Barcelonaβeta Brain Research Center (BBRC), da Fundação Pasqual Maragall e do Instituto de Pesquisa do Hospital del Mar, analisou 1.767 pessoas com sintomas de gravidade variável compatíveis com Alzheimer em hospitais e centros de atenção primária na Espanha, Suécia e Itália, e foi capaz de detectar a doença com uma precisão de mais de 90%.
A descoberta de biomarcadores como o fosfo-tau217 foi um passo importante no diagnóstico do Alzheimer. Essa forma específica da proteína tau nos neurônios é encontrada em níveis elevados desde os estágios iniciais da doença, às vezes antes do início dos sintomas, e é altamente específica para esse distúrbio.
Até recentemente, ela podia ser detectada por meio de uma punção lombar para extrair o líquido cefalorraquidiano e procurar a proteína, mas o teste é invasivo. Um teste diagnóstico alternativo é a tomografia por emissão de pósitrons (PET) amiloide, um exame de imagem que procura placas beta-amiloides no cérebro associadas ao Alzheimer, mas é mais caro.
O novo método pode ser realizado "em quase qualquer laboratório hospitalar", o que torna "esse biomarcador finalmente algo real para pacientes reais". Desde que o estudo foi realizado, o método de diagnóstico já se espalhou para muitos hospitais na Espanha que não participaram do estudo.
Apesar da precisão do teste, Suárez-Calvet alerta que os resultados "devem ser interpretados por um especialista, após uma avaliação neurológica apropriada, e nunca como um teste independente".
Alzheimer é a demência mais comum e a doença neurodegenerativa mais frequente. Só na Espanha, cerca de 800.000 pessoas vivem com essa condição. Embora alguns tratamentos estejam começando a aparecer com eficácia modesta em retardar o Alzheimer, os testes não são, em princípio, realizados em pessoas que não desenvolveram sintomas. No entanto, avanços tanto na previsão quanto no tratamento levaram alguns especialistas a mostrar certo otimismo em relação ao futuro.
A combinação do diagnóstico precoce com medicamentos de primeira geração que têm alguma capacidade de remover o amiloide do cérebro e retardar ligeiramente o curso da doença oferece um vislumbre de esperança que não existia há muitos anos para os especialistas em tratamento de Alzheimer.
El País
Viver é Perigoso
2 comentários:
Alias por falar em medicina, merecida homenagem do jornal da cidade ao dr Rodolfo q implantou tantos procedimentos no HC da terrinha, claro q deve ter tido um "preço alto", mas isso não é relevante o importante é a SAÚDE,
Alias nossa homenagem ao grande Dr Rosemburgo, lutador, honesto e profissional.
É a terrinha tem histórias.
Parabéns.
Q consigam melhorar o PRONTO SOCORRO, e continuem fazendo transplantes
Viva.
🤔
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