A filósofa americana Susan Neiman admite que está surpresa com a repercussão do seu último livro, "A esquerda não é woke" - Editora Ayiné - 240 páginas, publicado em vários idiomas.
A autora se refere à confusão que, na sua opinião, existe entre ser de esquerda e ser woke, termo que vem literalmente da palavra em inglês "woke", pretérito do verbo "wake", que significa "acordar". A gíria se transformou em uma referência a estar atento às injustiças sociais.
Se você é woke, você é de esquerda. Se você é de esquerda, você é woke. Nós confundimos os termos, supondo que se você é um, você deve ser o outro.
Susan Neiman argumenta que esse é um erro perigoso. A confusão surge porque o woke é preenchido por emoções tradicionalmente de esquerda: o desejo de estar ao lado dos oprimidos e marginalizados, de lidar com crimes históricos.
Mas essas emoções são minadas por suposições filosóficas generalizadas de origem reacionária. Como resultado, o wokeism entra em conflito com as ideias que guiaram a esquerda por mais de 200 anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção firme entre justiça e poder e uma crença na possibilidade de progresso.
Sem essas ideias, o woke continuará a minar seus próprios objetivos e a se desviar, inexorável e involuntariamente, para a direita. Uma das principais vozes filosóficas do debate contemporâneo, Neiman apela com paixão e força para que a esquerda retorne aos ideais que construíram o melhor do mundo moderno.
Viver é Perigoso
Um comentário:
Sou Contra a Agenda Woke
A agenda woke vem perdendo força e gerado muita discussão na sociedade. Para muita gente, ela é vista como uma forma de doutrinação que acaba incentivando a divisão e a segregação entre os grupos, em vez de promover união.
A crítica principal é que essas políticas, que dizem ser voltadas para inclusão e diversidade, na prática, acabam criando novas formas de discriminação. Defender valores como igualdade e justiça social não pode virar desculpa para manipulação política ou para dividir ainda mais as pessoas. O foco deveria ser unir, não separar.
É essencial que os debates sobre questões sociais e políticas sejam feitos com respeito e busquem soluções que promovam união, sem impor visões de um lado só. Mas isso parece impossível com os "wokers", já que a essência desse movimento é baseada em ideias esquerdistas que não aceitam opiniões diferentes. Uma sociedade justa só pode existir se todos forem respeitados e representados, sem excluir ninguém.
Nos últimos meses, felizmente, várias grandes empresas pelo mundo começaram a abandonar ou reduzir suas políticas woke. Gigantes como Meta, McDonald’s e Amazon estão mudando de rumo por conta da pressão popular e judicial contra essas iniciativas, que muitas vezes acabam promovendo divisões sociais ou até "discriminação reversa".
Esse movimento é visto como uma reação à insatisfação de boa parte da população, que não aceita a imposição de agendas segregativas. Não faz sentido que minorias tentem impor costumes ou políticas que desrespeitem a liberdade de escolha da maioria ou causem ainda mais conflitos sociais — algo que já estamos vendo acontecer.
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