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quinta-feira, 18 de julho de 2024

JOHN LENNON



Há exatos 50 anos, em 18 de julho de 1974, John Lennon recebia a notícia de que não poderia mais viver nos Estados Unidos. 

A história de que o departamento de imigração dos Estados Unidos havia negado a renovação de seu visto, impedindo assim que o músico seguisse vivendo em Nova Iorque, chocou o mundo da música e deu um luz a uma das maiores perseguições da história da cultura pop.

A desculpa para a negativa dos Estados Unidos foi um problema que Lennon teve na Inglaterra, seis anos antes, quando foi condenado a pagar uma multa por posse de maconha. 

Lennon era a persona mais non grata dentro dos Estados Unidos. Um “inglesinho enxerido” que protestava publicamente contra a guerra do Vietnã. Mais do que isso, o músico era anti-Nixon até a última unha do dedão do pé. Participou ativamente contra sua reeleição em 1972, sem sucesso, e ganhou com isso a sua antipatia.

Todos sabiam, e este foi o grande motivo da repercussão mundial que o caso teve, que se tratava de mais um capítulo da guerra travada pelo então presidente Richard Nixon contra o ex-Beatle.

Mas o ex-Beatle estava ciente da ojeriza que o presidente do país em que vivia sentia por ele e sua antiga banda. Vivia declarando que seu telefone estava grampeado e que era perseguido na rua por agentes à paisana. Ele sabia que, se voltasse para o Reino Unido, nunca mais voltaria para a América. Não enquanto Nixon estivesse na Casa Branca”. 

John Lennon não precisou deixar o país. Lutou contra sua deportação até outubro de 1975, quando finalmente pôde permanecer nos Estados Unidos para cumprir seu fatídico destino.

Cinco anos depois, seria assassinado na porta do apartamento em que morava. Richard Nixon renunciou ao cargo de presidente 20 dias após negar a renovação de visto a John Lennon, em 8 de agosto de 1974, envolvido em um processo de impeachment graças ao famoso caso de espionagem ilegal Watergate.

Uol

Viver é Perigoso

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