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sábado, 23 de novembro de 2024

OBSERVADOR DE CENA



Rememorando

Desde 1985 com a redemocratização os militares foram se afastando da política. Como a história registra tiveram diretamente nela por 21 anos. O afastamento foi definido como profissionalização das forças. O ápice foi a criação do Ministério da Defesa nos anos FHC com um civil no cargo. Isso se manteve com Lula e Dilma.

Ai impeachment de Dilma e governo Temer fraco por causa dos escândalos principalmente da JBS. Militares retornam ao governo com Gen. Silva e Luna na Defesa.

Depois com inábil, despreparado e mal intencionado Bolsonaro a coisa cresce de maneira exponencial. Nos ministérios e em toda a administração federal perto de 7.000 militares ocupam os mais variados cargos antes ocupados por civis. O mais notório foi o incompetente Gen. Pazzuelo na Saúde em plena pandemia. 

Indisfarçável a contaminação política das forças inclusive as policiais. Exemplos maiores a PRF do Silvinei e o aparelhamento da ABIN do Ramagen. A profissionalização tão almejada foi pro espaço e a contaminação foi evidente chegando infelizmente a contestação das urnas eletrônicas, apoio as manifestações golpistas e aos tristes dias de hoje de indiciamentos pela PF. 

Acham que muitos não estão preocupados vendo que dos 37 indiciados pela PF (tem até um padre) por tentativa de golpe e assassinatos, 25 são das forças com gente da ativa? Inclusive 4 generais e 1 almirante? Todos taxados de traidores. O que é pior para um militar do que ser chamado de traidor da pátria?

Urge retornar o profissionalismo e o afastamento os militares da política e da ideologia. Urge votar o projeto que diz aos militares e policiais: quer entrar na política, muito bem. Saia do serviço ativo. Urge reformar os currículos das academias militares onde o respeito à democracia e aos estado de direito sejam matérias básicas. Ou lá na frente surgirá um outro maluco com poder e tudo volteará a acontecer.

Observador de Cena

Viver é Perigoso

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