Moramos em Manaus do início de 1978 até o final de 1982. Quase cinco bons anos. Nos primeiro ano, trabalhamos no centro da cidade, mais precisamente na Av. Eduardo Ribeiro. Tivemos a oportunidade de torcer para o Rio Negro, conhecer pessoas interessantes e conquistar grandes amigos.
Nos finais de tarde na calourenta Manaus, frequentávamos dois locais especiais. A livraria do Toinho e a casa de discos do Marinho.
Marinho, que mais adiante montou o Cine Chaplin, também era colunista nada mais, nada menos, que da revista Playboy.
Com os amigos amazonenses que estudaram em Manaus, entre os quais cito o Fernando Bomfim, de família tradicional, dono da fábrica de calculadora C.Itoh e José Arnaldo, mineiro, conhecido nos tempos de estudantes como São Benedito.
Com o Marinho, aprofundei o gosto pelo Blues. Ele sempre recomendava e separava discos importados selecionados sobre o tema.
Na livraria do Toinho, conheci o mineiro Mário Palmério, das obras "Chapadão do Bugre" e "Vila dos Confins". Conversei com o poeta Thiago de Melo, que ligeiramente falou de sua amizade com Pablo Neruda, uma vez que o poeta amazonense esteve exilado no Chile na época da ditadura. Encontrei mais de uma vez com o Márcio de Souza (Galvez o Imperador do Acre).
Em Manaus frequentamos o Igreja Presbiteriana dirigida pelo Pastor Caio Fábio, que se tornou um grande amigo e lógico, estivemos por diversas vezes com o também pastor, Caio Fábio Filho, através de quem, conheci o Arthur Virgílio Neto.
Outros bons amigos, como o publicitário Paulo Leão, Chico Preto e Jalser, da Loja de Brinquedos Carroussel.
Um espaço especial para falar de uma conversa que seguiu noite a dentro com o Sr. Gilberto Mestrinho, na época voltando do exílio e se preparando para voltar ao governo do Amazonas.
Provocado, o Sr. Gilberto Mestrinho lembrou de sua visita a Itajubá, encontrando com a grande colônia de amazonenses que aqui estudavam. Em sua comitiva veio a Miss Amazonas, Hermengarda Junqueira. Aconteceu um jantar no Clube Bar (andar térreo do Clube Itajubense), onde foi servido no próprio casco uma tartarugada.
Em tempo, o artista itajubense pintou no casco da tartaruga uma cena amazonense e durante muito tempo, o quadro esteve exposto no próprio Clube Bar.
Em Manaus encontrei na Suframa, onde chegou a ser Superintendente, o engenheiro agrônomo de Três Corações, Marcílio Junqueira, que era casado justamente com a ex-Miss Amazonas, Hermengarda, que se tornou famosa colunista social do jornal A Crítica.
Registrando, conheci em Itajubá o estudante amazonense José Araripe, que namorava (se casaram) a Moça Bonita, Biga Araripe.
Viver é Perigoso
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