Nos ensinaram errado. Ainda menino, na Boa Vista, é claro, balzaquiana eram as mulheres solteiras, que passando dos trinta anos, provocavam ciúme nas da mesma idade, que já casadas e com filhos. A expressão tinha um certo sentido pejorativo.
Tirando os poucos que estão chegando agora, todos sabem que a expressão balzaquiana tem origem no livro "A Mulher de Trinta Anos", do notável escritor francês, Honoré de Balzac, nascido em Tours em 1799, e que tomou o barco aos 51 anos de idade, em Paris.
Com o tempo, também se enquadraram na faixa "balzaquianas", as mulheres de 40 e até mesmo acima de 50 anos.
Na obra mencionada, o autor descreve o drama da mulher mal casada, consciente da razão de seus sofrimentos e revoltada contra a instituição do casamento. Balzac foi o primeiro a retratar um romance onde a personagem feminina era uma mulher de trinta anos, idade considerada já madura para a época. O tema central do romance é a vida de Julia d’Aiglemont, que casa com Vitor, oficial do exército de Napoleão, que após anos de infelicidade, ao completar trinta anos encontra o amor verdadeiro, nos braços de Carlos Vandenesse.
Portanto, ao contrário do usado com frequência, balzaquiana não é sinônimo de solteirona.
Viver é Perigoso
2 comentários:
Muito bonito!!!
Fogo pegando lá pelas bandas do calçadão e aqui essa conversa fiada.
Não podemos continuar assim, providência urgentes serão tomadas.
Poucos "enfrentam" o calçadão meu caro.
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