" Está muito difícil defender o STF ultimamente. O Estadão, recorde-se, esteve na vanguarda do apoio ao Supremo quando a Corte, de modo destemido, ajudou a desbaratar o golpismo que foi urdido pelos inconformados com a democracia durante o tenebroso mandato do Jair na presidência.
Mas hoje não há mais ameaça que justifique a excepcionalidade hermenêutica e moral que alguns dos seus ministros parecem reivindicar, pairando, como deuses olímpicos, acima do bem e do mal. E isso, obviamente, é indenfensável para os que, como este jornal, prezam os princípios mais comezinhos da República...
Basicamente, só há duas saídas para essa crise de confiança por que passa o Supremo há mais tempo do que seria suportável pela democracia brasileira.
A primeira está em andamento no Congresso e tem o objetivo de conter a ação do STF por meio de Propostas de Emenda à Constituição e projetos de lei.
Não é a saída ideal, haja vista que implica uma politização que pode levar a resultados muito distintos - e mais perigosos - do que os esperados.
A outra saída é a tão ansiada autocontenção. Mas, para que se autocontenham, é óbvio, primeiro os ministros do STF precisam admitir que erram.
E por hora não há sinal de que Suas Excelências deixaram de confundir a toga que vestem com a Égide de Atena. "
O Estado de São Paulo (16/10/2024)
Viver é Perigoso
Um comentário:
Verdade...
tamu lascado mesmo...
uma vergonha...
Né Pacheco?
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