domingo, 13 de novembro de 2011

BURROS SENTIMENTAIS - O REENCONTRO

Estivemos diretamente juntos nos de 1969 a 1973. Muito próximos, pois a turma (a última) era do sistema seriado. Passava-se de ano e não existiam os tais créditos. As aulas eram no prédio matriz (quando muito,um pulinho na Codorna-Boa Vista). Já lá vão quarenta e dois anos.
Ontem voltamos a nos encontrar para um almoço e cervejinhas (teve almoço ?).
Momentos especiais de alegria.
Quase todos avós. Faces (e barrigas) que não escondem a longa caminhada pela vida. Quase todos aposentados, porém poucos inativos. Parar é morrer um pouco.
Veteranos vencedores de batalhas.
Firmes posições políticas, gostos apurados para a leitura e músíca.
Preocupações e esperanças. Lições de vida.
Constatação geral: Falta vergonha para nós brasileiros.
Aroma forte no ar, de companheirismo, lealdade e amizade sincera.
Abraços apertados,lágrimas nos olhos. Sempre falta alguém que não virá mais.
Deus tem sido muito bom para com todos.
Extraordinários momentos.  

ER

4 comentários:

  1. "Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade, talvez não mereçamos existir."

    "Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe."

    JOSE SARAMAGO

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  2. não temas, nem te espantes, porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.

    Chico

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  3. Cuidei e pereci.
    Descuidei e vivi.
    Pereci quando descuidei.
    Vivi quando cuidei.

    .......K

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  4. MAGIA...SAUDADES... e MUITAS LEMBRANÇAS...

    Belo texto Zézinho!
    É isso mesmo que acontece quando a turma se reúne.
    O mais legal desses encontros é o entrosamento dos colegas e familiares. Todos vibram com a amizade tão bem preservada durante esses anos.David e eu fomos a quase todos os encontros.
    Acho interessante as constatações e as surpresas que me acontecem durante os encontros. As mudanças de vida no decorrer dos anos estão explícitas. Ora na aparência, ora nos sentimentos, ora na postura, e até na mudança de comportamento.
    Quando morava na rua do DA, minhas irmãs e eu ficávamos a observar os estudantes de Engenharia. Eles eram obrigados a passar por ela ao se dirigirem até o refeitório da EFEI, localizado atrás da nossa casa. Naquele tempo não conhecíamos ninguém e, então colocávamos apelidos em quase todos os rapazes que por lá passavam.
    O "Camisa Marron" que usou a mesma camisa durante os cinco anos é hoje é um mega Empresário...
    O "Docinho de côco" que era amado e desejado por todas as meninas, hoje parece estar só.
    O "Catróio" que usava uns óculos fundo de garrafa e tinha cara de Nerd, hoje é Diretor de Empresa e Palestrante.
    O Black Power" hoje está quase careca.
    O "Enjeitado" que ninguém prestava atenção nele, hoje é disputado pela sua capacidade e inteligência...
    Constato então que surgiram tantas variáveis no caminho, tantas realidades possíveis e impossíveis, tantos futuros que nem eram sonhados e nem estavam desenhados naquelas mentes. E, no entanto, quando os vejo me certifico que são todos os mesmos indivíduos, como também as esposas e esposos, com os mesmos rostos de outrora, somente um pouco envelhecidos. Apesar da crueldade do tempo, a alegria permanece e as recordações dos fatos marcantes retratam como éramos todos ingênuos e idealistas. Na essência, todos continuam sendo os mesmos daquela época e acho que os encontros trazem a todos um pouco de melancolia, mas acompanhada de uma certeza que dá a alma a constatação da amizade que ficou e que valeu a pena preservar.
    O reencontro trás também uma magia, uma saudade e muitas lembranças. Aquece o hoje e transporta a todos para um tempo maravilhoso, puro, saudável e inocente.
    Um reencontro desses é sempre gratificante e nos dá uma alegria de saber que as pessoas que ali se encontram tiveram uma convivência tão intensa e duradoura durante uma época tão importante da suas vida.
    Parabéns aos Engenheiros da EFEI que insistem em conservar uma tradição que é a marca registrada desta escola tão especial.
    Um abraço
    Bah

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